Há lugares que se conjugam no passado. «Havia», «vivia», «era», «tinha», «foi»…
A casa de Ezequiel Viegas era um grande ponto de confluência do Azinhal. Como mercearia e tasca, ali se comerciavam bens alimentares, vinho, drogaria, petróleo, rações e muito mais.
Até à década 70 do século XX, a casa do senhor Ezequiel marcou a vida social do Azinhal.
Com uma pose imponente e um humor refinado, o prestigiado empresário azinhalense cativava clientes e dinamizava a economia local como nenhum outro.
Com o fecho da loja, o edifício foi ficando em ruínas e ostenta um aspeto desolador.
Os organizadores de eventos desportivos têm tido a triste ideia de escolher o espaço diante daquela casa para ponto de partida e meta, o que a faz ficar em milhares de fotos e vídeos, dando uma imagem deturpada da aldeia, que tem vindo a conservar/renovar o edificado.
A casa do senhor Ezequiel conjuga-se no passado, mas o Azinhal tem melhores paisagens para exibir.